Missâo Praia

29-07-2019 17:25

    Se estacionar na praia, por vezes, pode ser uma aventura, arranjar um lugar na areia, tem dias que é missão impossivel! Então se houver crianças à mistura, é a loucura!!!

Heis um exemplo da diferença:

... quando se vai para a praia sozinha...

Quando se vai, sozinha para a praia com crianças...

    O diálogo familiar na praia quase que se poderia resumir a: "não molhes a tua irmã; cuidado com o senhor que está na toalha; queres fazer coco ?! agora?!; sai da água; pronto já estás cheio de areia outra vez; cuidado com os pés na toalha; olha o pão cheio de areia; seca-te para irmos embora,...".

    Mas recuando um pouco... A chegada ao destino... Com sorte lá arranjámos lugar para o carro (a quase meia hora da praia) em que, para além de termos de carregar a geleira, as toalhas, os protetores, o chapéu de sol, os famosos baldinhos e pazinhas e bonecos entre outros, heis que surge a arrepiante frase: "Mãe quero colo!". Ora bem, temos duas hipóteses: ou vamos ouvir a primeira birra do "belo dia de convívio em família na praia", ou vamos buscar forças, sabe-se lá onde, e lá vamos nós, quase sem ver um palmo à frente e a desejar já estar de novo no carro de regresso a casa.

    Chegando à praia, começa uma nova aventura. Arranjar um lugar na areia! Ora, longe da água não pode ser pois claro que sabemos que quando estamos com crianças, o tempo em que se está na toalha não excede mais que 10 minutos a um quarto de hora, consoante o tempo em que exista água no balde. Muito perto da água é um risco, porque se não soubermos ver se a maré está a encher, corremos sérios riscos de ter de desmontar todo o estaminé que estamos prestes a desabar na areia. Quase a cair para o lado e a suar como se não houvesse amanhã, depois de vários olhares alheios de como quem diz: "queres ver que vêm para aqui para cima de nós", lá conseguimos arranjar um quadradinho para pousar as malas e estender a toalha. 

    Segue-se então, em que ao mesmo tempo que repetimos a frase: "espera que já vamos à água", a luta do montar o chapéu de sol... Todos nós sabemos que esta parte requer alguma astúcia e malabarismo para que, se estiver um bocadinho de vento, o chapéu não vá voar desalmado para cima de alguém, situação em que se fica depois com metade da praia a olhar para nós e a observar o como iremos resolver a situação com o chapéu.

    Ponto da situação: por esta altura já temos o carro estacionado, lugar na praia e chapéu montado. O que é que se segue que, por norma tem de ser "operação relâmpago" porque a vontade de ir para a água já se está a transformar em desespero? O reforço do potector solar... 

    Quase que dá para respirarmos fundo e nos sentirmos orgulhosas de nós próprias porque "So far, so good". Mas, depois de todos estes desafios, vem um outro e este muito pessoal...molharmo-nos! É que se por um lado apetece mesmo dar um mergulho, ao chegarmos à água, sofremos como que um choque físico e mental. Aí a missão é o conseguir conter as dezenas de asneiras que nos está a ocorrer gritar. É que a água está GE-LA-DA!!!! Mas esta sensação deve ser personalizada pois enquanto tentamos manter um sorriso, naquela que está tudo bem, e molhamos os tornozelos dos pés (o que, já está a ser considerado uma vitória), os pimpolhos já estão literalmente, todos molhados e felizes, a salpicar-nos e a gritar "Anda mãe!". Com um sorriso amarelo e a lançar chamas pelos olhos, lá avançamos como que se fossemos travar uma batalha!

    Olhar pelas crianças, ao mesmo tempo que mesmo estando cheias de frio, nos tentamos molhar e ainda nos debatemos com os nossos complexos físicos (muitos deles sem fundamento), é uma ginástica mental altamente femenina...

    Segue-se o ir para a toalha, tentando que fiquem com o mínimo possível de areia, para poderem comer sem terrincar a mesma, as brincadeiras de areia que às vezes embora, contra vontade das mesmas, envolve as pessoas à volta (a areia com que os nossos filhos brincam, às vezes teima em ir ter com as pessoas que estão deitadas na toalha ao nosso lado), enfim segue-se um sem fim de situações que só quem tem crianças pequenas, conhece.

    Mas, ainda assim, existe um propósito para todo este esforço, "coisas" porque valem a pena qualquer sacrifício e que é uma felicidade e um privilégio, poder vivê-las...

 

Mesmo que no fim seja isto...

 

 

naquele momenrtio

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