Tudo tem o seu tempo

03-05-2019 00:00

    Passaram quatro anos desde que escrevi aqui, pela última vez... a sensação é que passou uma vida!

    Muita coisa mudou, aliás quase tudo mudou! Casa, carro, trabalho, relações de amizades... Mudou, perdeu-se, alterou-se... Ciclos que se fecharam e outros que se iniciaram.

    Tudo tem o seu tempo...um inicio, um meio e um fim. O mundo dá voltas e nos ensina que nada está garantido, nada é para sempre. A vida, o dia-a-dia, o corre-corre, tudo serve de motivos para que tudo se possa alterar de um momento para o outro.

    Quando as mudanças surgem, sem que estejamos a contar com as mesmas, quando achamos que "já temos a casa arrumada" e não vão de encontro ao que era suposto ser... temos duas hipóteses: 

... ou entramos no "mundo do porquê?", da revolta, da frustração, no mundo do "eu não vou conseguir" e choramos... nada parece fazer sentido, recusamos aceitar e queremos que tudo volte ao que era. Sentimo-nos mais pequeninos e infelizes perante tudo e todos... O copo fica menos cheio... 

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... ou aprendemos a aceitar que tudo tem uma razão de ser, que nada acontece por acaso e que mais vale nos adaptarmos às mudanças, crescer com as mesmas e aprender a ver o copo menos vazio. 

                                         

    Tudo leva o seu tempo... é um processo que passa por muitas fases. Desde o não conseguir estar sozinho, aliás, ter medo de estar sozinho, o procurar nos outros as respostas para que tudo volte a fazer sentido novamente... 

    Quando nos damos conta, a vida nos mudou. De repente, deixa de fazer sentido procurar respostas, de chorar, de continuar no papel de vítima e "crescemos" sem perceber. Crescemos a ponto de tomar as rédeas, viver o dia-a-dia, o que ele nos oferece (de mau e de bom). Sentimos até uma certa vergonha do tempo em que pusemos o peso nos outros em nos darem respostas que os mesmos nunca nos poderiam dar, não por não quererem, mas também, tal como nós, não saberem as mesmas.

    Levantamos a cabeça, orientamos o nosso dia-a-dia e o dos que dependem de nós. Esta independência, pode criar a ideia, a quem estava constantemente a ser procurado, uma sensação de estranheza, de distanciamento... Claro que não deixamos de gostar, de sentir a falta de quem gostamos... mas já não queremos importunar, queremos dar descanso do tempo de tanta procura.

Resultado de imagem para ainda se lembram de mim

    "Estás diferente!"- dizem...

    "Ingrata!" - poderão até pensar...

    Crescemos, vivemos e compreendemos que tudo tem o seu tempo... As pessoas também têm as suas vidas, também têm os seus problemas e se sentirem a nossa falta, se acharem que algo não está bem, se isso as preocupar... irão nos procurar e nós já poderemos estar com elas, sem a sensação que dependemos das mesmas nem que as mesmas se cansaram de nós. Claro que haverá um risco de cairmos, um pouco, no esquecimento de quem já não procuramos tanto, mas se tal acontecer, será porque, talvez, deixámos de ter importância ou este ciclo fechou e tudo mudou...

    Tudo leva e tem o seu tempo...

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Nota: As imagens por mim escolhidas, não são da minha autoria. Obrigada.

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